Uma iniciativa para estimular a educação ambiental e a prática esportiva chega às praias do Paraná. Até o fim de janeiro, os surfistas Serginho Laus e Jairo Lumertz vão ensinar crianças, jovens e adultos a usar garrafas PET para a confecção de pranchas de surfe e stand up paddle – esporte em que o praticante rema em pé, em cima de um pranchão.
As aulas são gratuitas e fazem parte da Operação Verão, série de serviços promovida pelo Governo do Estado na temporada, em parceria com os municípios litorâneos. O curso dura dois dias e, no final, o participante pode testar a prancha no mar. “É um incentivo à prática do esporte e à preservação ambiental, uma aula sobre a importância da separação de resíduos”, explica o presidente do Instituto das Águas do Paraná, Márcio Nunes.
Em Guaratuba, a programação será neste fim de semana, no sábado (18) e domingo (19), na praia do Morro do Cristo. Em seguida, acontecerá em Matinhos, na Praia Mansa, nos dias 25 e 26 de janeiro. Na Ilha do Mel, as aulas estão marcadas para os dias 28 e 29, na Praia de Encantadas, e dias 30 e 31, na Praia de Brasília.
As oficinas serão realizadas em dois horários: das 9h30 às 11h30 e das 14h30 às 17h30.
TEORIA E PRÁTICA – A programação é dividida em etapas e começa com uma palestra sobre educação e esporte. Em seguida, os participantes têm orientações para confeccionar a prancha com garrafas PET. Por fim, colocam em prática, na água, os ensinamentos recebidos.
A participação é limitada a 50 pessoas por etapa. Crianças a partir de 10 anos podem participar acompanhadas dos pais ou responsáveis. As inscrições são feitas na hora.
PRANCHA ECOLÓGICA – O projeto Prancha Ecológica – encampado pelo Instituto das Águas do Paraná, autarquia da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – foi criado pelo gaúcho Jairo Lumertz no Havaí, em 2007. Após sete anos, o surfista voltou ao Brasil e começou a difundir a técnica, que usa garrafas PET para a confecção de pranchas.
Milhares de crianças já participaram da ação. Para a produção de uma prancha para uma pessoa de até 80 quilos são utilizadas 42 garrafas PET. Para confeccionar um stand up paddle, são necessárias 73 garrafas PET.
“Além de passarmos conhecimentos teóricos e práticos sobre como fazer a prancha, falamos sobre a importância da preservação da natureza e das nossas praias”, conta Lumertz. “O objetivo é incentivar o surfe de forma econômica, estimular a reciclagem e propiciar que cada vez mais crianças, de todas as classes sociais, aprendam a surfar”, explica Jairo.
“Queremos possibilitar a prática do surfe e conscientizar crianças sobre a importância da destinação correta dos resíduos para a qualidade de vida das atuais e futuras gerações”, afirma Laus, que é recordista mundial em surfe de pororoca – fenômeno natural que ocorre principalmente na Amazônia, quando há o encontro entre as águas de um grande rio e do oceano.
Fonte: Governo do Estado.